Pela primeira vez em 50 anos, chuvas em todas as regiões do CE estão 4x acima da média para novembro. A região de maior variação percentual até o momento é a Jaguaribana. Por lá choveu mais de 16 vezes acima da média

 Pela primeira vez desde que a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) foi criada e começou o monitoramento pluviométrico no Estado, em 1972, nunca antes o mês de novembro tinha tido tantas chuvas nas 8 macrorregiões. Apesar da recente redução dos índices, todas as regiões já mais que quadruplicaram seu volume em relação à média histórica para o período.

O mês de novembro começou com intensas chuvas ao longo das duas primeiras semanas e, nos últimos 10 dias, os índices declinaram, com precipitações reduzidas em todo o Estado.

A região de maior variação percentual até o momento é a Jaguaribana, cuja normal climatológica é de 3,1 milímetros e, até agora, o volume acumulado já é de 78,2 mm, ou seja, mais de 16 vezes acima da média histórica. O levantamento foi realizado pelo Diário do Nordeste, com base nos dados da Funceme. 

  • Jaguaribana: média de 3,1 mm / 53 mm acumulados
  • Sertão Central: média de 5,4 mm / 78,2 mm acumulados
  • Ibiapaba: média de 7,3 mm / 80,4 mm acumulados
  • Litoral Norte: média de 1,5 mm / 15,7 mm acumulados
  • Maciço de Baturité: média de 5,2 mm / 47 mm acumulados
  • Litoral de Pecém: média de 2 mm / 16,4 mm acumulados
  • Cariri: média de 22,5 mm / 125,1 mm acumulados
  • Litoral de Fortaleza: média de 3,8 mm / 16,2 mm acumulados

A macrorregião do Litoral de Fortaleza é a que apresenta o menor desvio positivo, no entanto, ainda assim, as chuvas acumuladas já são mais de 4 vezes acima da média.

Essa boa distribuição em todo o Estado é benéfica para a manutenção do volume aportado nos 157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Embora as chuvas deste mês não sejam suficientes para gerar recarga significativa aos reservatórios, elas contribuem para que a perda de água por evapotranspiração seja minimizada. Com isso, o volume atual é o melhor dos últimos 10 anos quando comparado igual intervalo de tempo.

Nesta segunda-feira (28), os reservatórios estavam com 33,1% de água acumulada, índice só superado pelo registrado em 28 de novembro de 2012, ou seja, há uma década. Preservar este índice é importante para garantir a segurança hídrica do próximo ano.

Fonte - Diário do Nordeste 

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