Morada Nova; Na véspera do enterro, família desconfia que mulher morta no Ceará foi assassinada pelo namorado

 Faltavam alguns minutos para o enterro de Maria José de Lima, quando a família da mulher notou hematomas espalhados pelo corpo da vítima. A morte, que então era tratada como um suicídio por enforcamento, gerou desconfiança dos parentes, que agora pedem atuação da Polícia Civil do Ceará no caso.

Os machucados nas mãos de Maria, atrelados a fala de uma vizinha, que ouviu discussão entre a vítima e o namorado dela, instantes antes da morte e a informação que o namorado devia, pelo menos, R$ 10 mil a ela, fazem a família acreditar que Maria tenha sido vítima de feminicídio.

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) disse em nota que concluiu inquérito policial e remeteu ao Poder Judiciário. A reportagem apurou que o namorado da mulher morta sequer foi ouvido na Polícia na condição de suspeito.

"Já no velório eu vi as mãos dela roxa e estranhei aquilo. Dedos inchados como se tivesse levado uma pancada. Aí as histórias foram aparecendo. Depois uma vizinha disse que ouviu vozes, ouviu uma discussão lá de dentro da casa dela e que ela era a amante dele. A gente quer que a Polícia investigue, a gente quer que esse caso não caia no esquecimento", disse um parente à reportagem.

Maria José de Lima morreu no dia 21 de julho de 2023, em Morada Nova, Interior do Ceará. Ela foi encontrada pela empregada dentro de casa, em um quarto, já sem sinais vitais.

A família conta que a empregada viu uma corda em cima da cama, mas "como se aperreou com a situação acabou mexendo na cena do crime". Na cama foram encontradas manchas de urina em um local diferente de onde o corpo da mulher foi encontrado.

Três dias após a morte, um laudo da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) apontou que "a vítima teve morte violenta, perpetrada pelo emprego de asfixia mecânica, por enforcamento (autoeliminação), tendo como vítima Maria José de Lima, nas circunstâncias anteriormente mencionadas".

Parentes duvidam do que indica a perícia, por saberem que a empregada acabou alterando a cena do crime. Na delegacia, o pedreiro namorado da vítima foi ouvido como testemunha, mas negou manter relacionamento com Maria e disse que nunca sequer entrou na casa dela.

Fonte - Diário do Nordeste 

Escrito por Emanoela Campelo de Melo 

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