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Com tarifaço, Elmano analisa usar peixes e castanha de caju do CE na alimentação de escolas e hospitais.

 O setor pesqueiro, um dos mais afetados pelo tarifaço do governo dos Estados Unidos sobre o Brasil, pode ter os prejuízos aliviados com a compra dos peixes para uso na alimentação de hospitais, escolas e até universidades cearenses. A medida é analisada pelo poder público, como revelou o governador Elmano de Freitas, nesta quinta (31). 

Além dos pescados, a produção de castanha de caju também foi mencionada pelo gestor estadual como possível produto a ser absorvido por equipamentos públicos. A declaração foi dada ao Diário do Nordeste durante evento de inauguração de 66 leitos de UTI e enfermaria no Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza. 

“A aquisição pelo poder público de parte dos produtos está sob a análise tanto do Governo Estadual, como vamos apresentar ao Federal”, inicia Elmano, mencionando o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa de Controle de Estoques, ambos do Governo Federal, como alternativas para escoar a produção cearense. 

"Temos aqui o programa Ceará Sem Fome, que compra alimentos para distribuir para o povo cearense. Podemos discutir de comprar pescado dos produtores cearenses e colocar no almoço que nós damos, 130 mil por dia”, acrescenta o governador.

Outras áreas que, após as deliberações, podem utilizar os produtos são a saúde e a educação. “Podemos pegar a castanha de caju e colocar na merenda escolar, seja na universidade, seja nas nossas escolas, assim como na alimentação dos nossos hospitais e de outros equipamentos”, sugere o governador. 

Elmano frisou a preocupação em “manter o emprego dos cearenses” diante dos desafios impostos pelo tarifaço. “Podemos fazer um esforço do poder público para compra desses produtos e, ao mesmo tempo, ver como vai ficar a continuidade das negociações com o governo americano. Ganhar tempo para abrir novos mercados”, destaca.

Como o tarifaço afeta o Ceará

Durante a entrevista, o governador revelou que “uma grande preocupação” do Ceará era escoar a produção de aço, mas afirmou que a tarifa para este produto se manteve. A isenção ou não da castanha de caju, segundo ele, está sendo analisada pela gestão. 

“Nós temos a cera de carnaúba, os calçados… Isso tem uma repercussão nas empresas cearenses que exportam e nos empregos do povo cearense. Era muito importante nós termos união das forças políticas do Ceará e do país para defender os interesses do Brasil”, critica.

“Eu fico lamentando que nós possamos ter disputa entre brasileiros para alguém que está defendendo o governo americano e não defendendo a economia brasileira. Nós temos que defender a economia brasileira, o emprego do povo brasileiro, a empresa cearense, o emprego do povo cearense”, sentencia Elmano.

O Governo do Ceará deve se reunir com o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, até o próximo domingo, para discutir as medidas de mitigação do impacto do tarifaço na economia e na vida da população cearense. 

“Vamos discutir que medidas o governo brasileiro vai adotar e, efetivamente, nós temos que ter a garantia de que a economia cearense esteja incluída nas medidas”, finaliza Elmano. 

Foto: Fabiane de Paula. Escrito por  Theyse Viana

Fonte - Diário do Nordeste. 


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