"Constitui passaporte sanitário o comprovante, digital ou em meio físico, que ateste que seu portador completou o esquema vacinal contra a Covid-19, para a sua faixa etária, inclusive com a exigência da aplicação da terceira dose do imunizante, por seu público elegível", determina a medida.
Surpresa desagradável
Sem conhecimento do protocolo, a publicitária Maria*, de 26 anos, que preferiu não ser identificada, completou quatro meses desde a D2 neste mês de fevereiro, e "aguardava justamente a chegada do fim de semana para tomar a 3ª dose", já que sequer foi agendada para a aplicação. Antes disso, contudo, foi barrada no Detran neste sábado (19).
"Estive lá pra fazer a prova de carro há menos de duas semanas, imunizada com as duas doses, e deu tudo certo. Hoje, voltei pra prova de moto, e não fazia ideia de que não conseguiria entrar. Várias pessoas também foram barradas", relata.
Assim que foi impedida de entrar na sede do órgão para realizar o teste, a jovem entrou em contato com a autoescola responsável pelo processo de habilitação dela. A empresa afirmou que "infelizmente, o Detran não informa nada" e que, por isso, não orientou os alunos sobre a exigência.
Para dar continuidade à busca pela primeira habilitação, então, Maria* precisa pagar uma taxa por "falta" e aguardar a liberação de um novo agendamento - prolongando ainda mais o processo, que, devido à pandemia, já se estende por quase um ano.
"Eu acho a cobrança do passaporte corretíssima, é inclusive uma forma de incentivar as pessoas a buscarem não só a 3ª dose como a vacinação completa. Mas as pessoas precisam ser informadas com clareza", pontua.
O Diário do Nordeste entrou em contato com o Detran-CE, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Foto: Camila Lima. Diário do Nordeste
0 Comentários