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Foto - Camila Lima |
é o mesmo, mas que “das 192 amostras testadas, só havia os dados completos de 172 até o momento de divulgação, e nessas a porcentagem era de 71,1%”.Em Fortaleza, 39 das 51 amostras detectaram a nova variante, o que corresponde a 76,5% de positividade para a mutação. Outras localidades que se destacam, segundo Eduardo, são Caucaia, onde todas as 10 amostras analisadas eram de infectados pela nova variante; e Santa Quitéria, onde 24 dos 26 estudados (92,3%) tinham a nova cepa.A lista obtida pelo Diário do Nordeste contabiliza 193 amostras do Ceará, mas Eduardo Ruback pontua que só 192 delas foram utilizadas no estudo. A restante se refere a uma das negativas de Fortaleza.
O pesquisador alerta que, diante da maior capacidade de transmissão, a nova variante “vai se sobrepor ao vírus original e ser a responsável por essa segunda onda de casos”.
“A ciência continua preconizado que as principais formas de segurar a contaminação são as medidas de prevenção, com distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos enquanto não pudermos ter uma cobertura vacinal mínima. Medidas que permitam não levar além do limite as estruturas de saúde”, pontua o cientista da Fiocruz.
Como identificar a nova variante
Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, explica que a fundação está fazendo o mapeamento de algumas variantes genômicas que estão associadas à maior transmissibilidade do coronavírus.O método de “triagem rápida”, como complementa Fábio Miyajima, pesquisador da Fiocruz Ceará, não é 100% conclusivo, mas determina quais as “prováveis amostras que tenham o conjunto de mutações da nova variante, P1, o que ajuda tanto no levantamento epidemiológico como na priorização de casos que devem ser sequenciados”.
Fábio reforça, assim como Eduardo, que ainda “é preciso um maior número de amostras para se ter resultados mais consolidados” e calcular a taxa de transmissão, mas que a positividade encontrada já confirma a circulação massiva da nova cepa. Enquanto a vacina não pode ser acessada por todos, os especialistas relembram uma tecla batida desde março de 2020: “é importante diminuir a transmissão com todas as ferramentas possíveis, manter o maior isolamento possível, usar máscara e higienizar as mãos”, lista Marco Krieger.