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Foto - Diário do Nordeste |
Na última semana, o MPCE encaminhou ofício aos promotores eleitorais recomendando a cassação dos registros de candidaturas que "deliberadamente" promoverem aglomerações. "Alguns candidatos já demonstram que a Justiça não consegue alcançá-los. Eles não têm medo de multa, é como se compensasse descumprir, estão se mostrando acima do sistema de fiscalização. Nestes casos, fica claro o abuso do poder político e econômico", disse o coordenador do Centro de Apoio Operacional Eleitoral (Caopel) do MPCE, Emmanuel Girão.
Segundo ele, cabe agora a cada promotor avaliar a situação dos municípios e ponderar se deve ou não abrir o pedido de cassação. Contudo, Girão reconhece a dificuldade em impedir os atos políticos, principalmente nos fins de semana. "A fiscalização é mais difícil, porque, às vezes, o juiz não está na comarca ou o efetivo policial está ocupado com outras questões", citou.
Fortaleza
Na Capital, o cenário é de alerta nas campanhas. No sábado (31), a Justiça Eleitoral estabeleceu multa de até R$ 50 mil para candidatos flagrados na Capital promovendo aglomerações. Há punições previstas também para eleitores, de R$ 10 mil, caso sejam flagrados. Ontem, os postulantes ao cargo de prefeito alertaram os apoiadores sobre a decisão.
O candidato Anízio Melo (PCdoB) disse que irá "intensificar as atividades virtuais e aumentar o uso dos equipamentos de segurança". Capitão Wagner (Pros) ressaltou a necessidade de que os apoiadores sigam as regras sanitárias. "Não queremos apoiador sendo punido em virtude do não cumprimento dessas regras", destacou.
Célio Studart (PV) parabenizou a Justiça Eleitoral pela decisão. "Todavia, temos que reconhecer que veio de forma demorada e atrasada".
Heitor Férrer (Solidariedade) disse que "não irá realizar quaisquer eventos que possam gerar aglomeração". Posicionamento semelhante teve Heitor Freire (PSL): "vamos respeitar todas as normas de saúde", disse.
Luizianne Lins (PT) reforçou que tem prezado pelos cuidados sanitários. "Esta decisão judicial não muda nossa forma de fazer campanha", destacou. A candidata Paula Colares (UP) criticou os adversários, que fazem campanha "sem a menor preocupação com a vida do povo".
"(A coligação) se compromete a atender as recomendações e seguir protegendo a saúde da população", afirmou Renato Roseno (Psol). Sarto Nogueira (PDT) informou que "continuará orientando apoiadores a observarem os protocolos sanitários". O candidato Samuel Braga (Patri) não comentou a decisão. Já José Loureto (PCO) não foi localizado pela reportagem.
Após decisão da Justiça Eleitoral de estabelecer multa de até R$ 50 mil para candidatos de Fortaleza flagrados promovendo aglomerações na campanha, postulantes ao cargo de prefeito da Capital se comprometem a reforçar orientações aos militantes
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