Foto - Diário do Nordeste |
O Ministério da Saúde descartou, nessa
segunda-feira (3), o caso suspeito de novo coronavírus que estava em
investigação no Ceará desde o último dia 29 de janeiro. Conforme a Pasta
federal, os exames do engenheiro mecânico, de 27 anos, morador de
Sobral, apresentaram resultado laboratorial negativo para 2019-nCoV. Diferentemente da hipótese inicial, o laudo diagnosticou o paciente
com rinovírus, causador de resfriados
A conclusão do exame foi entregue pela Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) menos de uma semana após o anúncio de que havia um caso
suspeito no Ceará. O paciente havia passado 90 dias na China e voltou
para o Estado no mês passado.
Nacional
Com o descarte do Ceará, 14 casos seguem como suspeitos no Brasil,
nos estados de São Paulo (7), Rio Grande do Sul (4), Santa Catarina (2) e
Rio de Janeiro (1). Até o momento, nenhum caso foi confirmado. Mesmo
sem essa confirmação, o Governo Bolsonaro decidiu, ontem, elevar o nível
de alerta no Brasil e quer declarar emergência em saúde pública devido
ao novo coronavírus. A intenção é dar agilidade ao Estado na contratação
de equipamentos sanitários e na montagem da área de quarentena que
receberá os brasileiros retornados da cidade de Wuhan, epicentro do
surto do novo coronavírus na China.
Pelos protocolos de saúde, a declaração de emergência era esperada
apenas após o registro do primeiro caso confirmado. O Governo, porém,
alega a necessidade de preparar a chegada dos brasileiros que hoje estão
naquele país.
O estado de emergência permite ao Governo contratações emergenciais
mais rápidas para fazer frente aos esforços de contenção do vírus,
dispensando, por exemplo, processos licitatórios.
Segundo o Governo, ao menos 40 brasileiros em Wuhan manifestaram
interesse em voltar ao Brasil. Segundo o ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, o Governo ainda analisa em qual local ocorrerá a
quarentena prevista e que “tem gente do Ceará” no grupo, sem confirmar a
quantidade e a cidade natal. No mundo, a epidemia ainda se alastra. Nessa segunda-feira (3), o
saldo de mortes somou 362 pessoas (361 na China e 1 nas Filipinas), com
17.200 casos confirmados de contaminação.
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