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Foto: Rodrigo Méxas e Raquel Portugal/Fundação Oswaldo Cruz/Divulgação |
O Ceará chegou a 5.853 casos de dengue no
primeiro semestre deste ano, um aumento de 122% em relação ao mesmo período do
ano passado, quando 2.634 casos foram confirmados. Já os óbitos passaram de 11
para 5, uma redução de 54%. Os dados foram divulgados em boletim da Secretaria
da Saúde do Estado (Sesa). Embora as confirmações tenham aumentado,
o "cenário não é preocupante", segundo avaliação da supervisora do
Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Sarah Mendes. "A dengue
voltou a circular
no estado, acompanhando o cenário nacional, mas considerando
a série histórica da doença no Ceará, onde já tivemos sete grandes epidemias,
este número (5.853), é baixo", afirma a especialista.
As causas para o aumento, porém, podem
ser explicadas pela volta da circulação do sorotipo DENV2 da doença no Ceará.
"Não é um tipo mais grave de dengue. É um tipo que não circulava no estado
há muito tempo e por isso as pessoas não estavam imunizadas para este tipo, o
que pode vir a agravar os casos", comenta Sarah Mendes.
Conforme o boletim epidemiológico
divulgado em 28 de junho, os municípios cearenses Palhano, Pereiro, Ererê, Jati
e Russas foram os locais de maior incidência da doença nestes últimos seis
meses.
O relatório aponta que estas cidades
ultrapassaram mil casos notificados ou confirmados por 100 mil habitantes.
"Você vê que não é no estado todo que tem o aumento da doença, alguns
municípios puxam o número de casos para cima", destaca a supervisora de
Vigilância Epidemiológica,
Ainda que a doença esteja “controlada” no
Ceará, segundo Sarah Mendes, é preciso continuar com ações de combate ao foco
do Aedes aegypti,
mosquito transmissor da doença.